Por Hélio Peixoto
A sede pela otimização dos processos fez com que o setor industrial evoluísse em uma escala até então impensável. De mesmo modo, no começo de toda essa revolução, não existia a possibilidade de acontecer um ataque cibernético, pois os dados eram armazenados de forma local em servidores físicos.
Com o crescimento de sua importância e aplicabilidade, os dados de todo o mundo cresceram (e crescem) exponencialmente. Grandes decisões estratégicas, segredos do produto mais vendido e previsões de mercado e produção, são alguns dos principais dados que toda indústria quer guardar a sete chaves.
No contexto atual do setor, o funcionamento de uma fábrica 4.0 depende da interligação maciça dos dados entre indivíduos e dispositivos. As informações usadas para otimizar os processos produtivos são baseadas na informação produzida pelo conjunto local físico e virtual. A segurança é fundamental para que todos os integrantes desse sistema tomem a decisão correta para usufruir de forma mais eficaz dos recursos disponíveis.
Por isso, o funcionamento de uma planta deixou de depender apenas da otimização produtiva dos recursos e passou a se preocupar em larga escala com a segurança dessas informações. Afinal, sem elas não há interconectividade e muito menos uma produção 4.0.
A Transformação Digital vai salvar?
Segundo pesquisa da Industrial Internet Security Trend Report a transformação digital deve impulsionar os ataques cibernéticos em 57%. O setor industrial, aliás, é o mais visado pelos hackers com quase 20% de incidentes, sendo a maioria via ransomware. Este tipo de ataque é um malware de sequestro de dados, feito por meio de criptografia, que usa como refém arquivos pessoais da própria vítima e cobra resgate para restabelecer o acesso a estes arquivos. O resgate é cobrado em criptomoedas, que, na prática, torna quase impossível de se rastrear o criminoso.
Em 2021, 80% das organizações de infraestrutura crítica (aquelas que se tornarem não funcionais, comprometem a capacidade de reação até do país) sofreram ataques de ransomware. Dentre elas, 47% relataram um impacto negativo em seu ambiente de controle da planta e mais de 60% pagaram o resgate, sendo que mais da metade custando US$ 500 mil ou acima.
A maioria dos entrevistados estimaram uma perda de receita por hora de inatividade em suas operações igual ou maior que o pagamento do resgate. Mesmo entre aqueles que pagaram o resgate, 28% ainda tiveram consequências nas operações por mais de uma semana.
O erro que permite a invasão no sistema da empresa pode ser um simples clique em um e-mail disfarçado, o famoso phishing. Por isso, além do alto investimento em camadas de segurança, é essencial a conscientização e o treinamento dos(as) colaboradores(as) para diminuir as chances de incidentes de grande magnitude.
Neste contexto, a Segurança da Informação virou um ponto central na discussão estratégica de toda fábrica. Qualquer investimento em novos produtos, funcionalidades, infraestrutura ou até em um software de colaboração, não podem acontecer sem a análise de riscos e a capacidade de garantir o resguardo dessas informações.
É por isso tudo que a Stepps não abre mão de entender, alertar e expor os riscos associados a qualquer produto criado ou oferecido em conjunto com nossos clientes. Sem isso, ninguém chegará ao 5.0.
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