Por Laísa Reis
A indústria passou por diversas transformações ao longo do tempo chegando atualmente ao que chamamos de quarta revolução industrial que visa unir o mundo físico, digital e biológico, através de tecnologias como Manufatura Aditiva, Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Biologia Sintética e Sistemas Ciber Físicos (CPS). Esse movimento também é conhecido como Indústria 4.0, termo concebido pelo Governo Alemão, com foco em trazer inovação em um cenário conhecido por ser conservador.
Apesar da perspectiva otimista, a Indústria 4.0 no Brasil enfrenta problemas essenciais para o seu crescimento que são notórios quando analisados no contexto econômico, a exemplo da queda na representação do PIB e da produtividade. Assim, é preciso repensar os passos para se chegar de fato à inovação.
O que normalmente acontece quando surgem novas necessidades? Produtos e/ou Serviços caem em desuso, e para que isto não aconteça, um dos caminhos ideais é trazer a multidisciplinaridade para esse cenário, em que o papel do designer se faz imprescindível.
O designer busca novas soluções, seja revendo cenários ou criando novos, com uso de metodologias específicas, ele consegue através da imersão do problema, encontrar a melhor solução possível.
Quando se fala em design, a primeira coisa que vem em mente é o Design Thinking, já que esta é uma metodologia bastante utilizada na criação de novos produtos, serviços, processos ou para a resolução de problemas. Assim, explanaremos de modo geral seu processo abaixo:
Outro ponto importante, são métodos de especulação de futuro, que consistem na geração, com base na coleta de dados da área que se busca especular, de possíveis cenários e soluções para os problemas que derivam destes. Por exemplo, pensando no âmbito da indústria, para prospectar cenários, é necessário antes fazer uma pesquisa específica nos dados econômicos, sociais e estruturais para entender sobre as tendências deste mercado, para só assim, aplicar os métodos específicos.
Especulação de futuros se tornou uma prática frequente dentro do mercado de tecnologia e serviços digitais, que sempre pensando à frente, buscam apoio no Design Especulativo, seja para obter vantagem competitiva, agregar valor e conceitos aos clientes ou até para trazer inovação e buscar soluções pensando em problemas atuais e emergentes.
O designer industrial Anthony Dunna, juntamente com a arquiteta Fionna Raby, são grandes incentivadores do Design especulativo, tendo desde de 1990 se dedicado e ganhado reconhecimento por seguir uma abordagem conhecida por Design Crítico Especulativo (SCD). Abaixo falam um pouco sobre as inspirações e alguns trabalhos desenvolvidos por eles:
São inúmeras as possibilidades e metodologias usadas para atingir soluções, portanto, é preciso estar sempre vislumbrando novas perspectivas, e é esperado que a Indústria tenha sempre em sua estratégia a busca incessante pela mudança no presente e a construção do futuro para assim, se reinventar e perdurar por mais milhares de anos.
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Referências Bibliográficas:
http://www.industria40.gov.br/
https://fia.com.br/blog/industria-4-0/
https://www.totvs.com/blog/gestao-industrial/industria-4-0-saiba-o-real-significado/
https://fia.com.br/blog/design-thinking/
https://endeavor.org.br/tecnologia/design-thinking-inovacao/
https://escoladesignthinking.echos.cc/blog/2019/09/guia-design-thinking/
https://hbrbr.com.br/design-estrategico-partir-do-futuro/
https://www.aquare.la/o-design-como-ferramenta-transformadora-na-industria-4-0/
https://www.reply.com/br/content/o-design-thinking-esta-moldando-o-futuro-da-industria-4-0