A importância que a implantação da IIoT pode trazer para a produção fabril nos dias de hoje visando colher um futuro próspero
Por Victor Viana
Um termo muito difundido no ramo da tecnologia é Internet of things, abreviado pela sigla IoT, que pode ser explicado como uma rede de dispositivos que através da internet coleta e fornece informações (dados) aos usuários. Essa coleta na maioria das vezes é realizada através de sensores, gerando uma certa automatização no sistema. Essa prática vem abrindo os olhos dos empresários, devido à praticidade da quantidade de dados em mãos de forma rápida, muito baseado na seguinte frase clichê, porém que faz muito sentido: “tempo é dinheiro”.
Neste artigo, iremos dedicar os esforços para um subconjunto da IoT, a Internet industrial das coisas (IIoT). Ela pode ser explicada literalmente como a IoT voltado para o âmbito industrial e é um dos pilares da Indústria 4.0. Ela enfatiza a implementação de máquinas inteligentes que consigam automatizar os dados, se conectar com as demais máquinas da fábrica e coletar dados através dos sensores. Isso traz ganhos exorbitantes na produtividade e eficiência fabril.
Trazendo alguns dados, de acordo com uma pesquisa realizada pela Accenture em 2015, a IIoT pode contribuir em até US$ 14.2 trilhões para a economia mundial, além de uma alavancagem de até US$ 6.1 trilhões ao PIB dos EUA até o ano de 2030. Na Alemanha, o PIB pode ser aumentado para até US$ 700 bilhões e no Reino Unido em até US$ 531 bilhões até o ano de 2030. Esse impacto na economia desses países é devido ao IIoT permitir a criação de novos serviços digitais e modelos de negócios inteligentes, considerando que essa tecnologia vai desde o chão de fábrica até o alto nível da corporação.
No contexto do Brasil, a realidade da implantação e utilização da IIoT ainda é “um pouco” aquém quando comparado aos países citados anteriormente. Isso é acarretado devido às condições das infraestruturas das indústrias em sua maioria, habilidades e baixo incentivo de órgãos competentes para implementação desta tecnologia. Porém, vale ressaltar que no dia 25 de junho de 2019, foi publicado o decreto nª 9.854 que criava o Plano Nacional de Internet das Coisas que consequentemente iria impactar no desenvolvimento da IIoT no território brasileiro.
De acordo com a ABGI Brasil (2020), esse decreto possui os seguintes objetivos a serem difundidos:
- Promover a capacitação profissional relacionada ao desenvolvimento de aplicações de IoT e a geração de empregos na economia digital;
- Incrementar a produtividade e fomentar a competitividade das empresas brasileiras desenvolvedoras de IoT, por meio da promoção de um ecossistema de inovação nesse setor;
- Buscar parcerias com os setores público e privado para a implementação da IoT;
- Aumentar a integração do país no cenário internacional, por meio da participação em fóruns de padronização, da cooperação internacional em pesquisa, desenvolvimento e inovação e da internacionalização de soluções de IoT desenvolvidas no país.
Weyer (2015) cita que os principais aspectos da IIoT aplicado à Indústria 4.0 podem ser explicados através dos seguintes paradigmas: Produto inteligente, Máquina inteligente e Operador aumentado. Em que o Produto inteligente (Smart Product) possui suas características mapeadas diretamente em um banco de dados com os requisitos operacionais do plano de construção individual do produto. O segundo paradigma, máquina inteligente (Smart Machine) descreve o passo-a-passo das máquinas que se tornam Sistemas de Produção ciber-físicos. Por último e terceiro paradigma, o operador aumentado (Augmented Operator), pretende auxiliar o ponto mais flexível no ambiente, que é o operador, que passa a ter em mãos ferramentas que irão agregar ao seu desempenho diário, como tablets, óculos e relógios inteligentes.
Com isso, ficou nítido as vantagens da utilização da IIoT, desde a comunicação facilitada entre as máquinas, até o ganho na eficiência, segurança e principalmente na redução de tempo entre as ações que provocava custos que muitas vezes nem eram percebidos, devido à correria do cotidiano industrial.
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